Nesta fase, intensificou-se o envolvimento de todas as unidades de investigação científica na apresentação de candidaturas e execução de projetos, com destaque para a área da Psicologia, do que resultou, com a máxima expressão, em 13 de maio de 2013, a Acreditação do Doutoramento em Psicologia – Especialidade em Psicologia Clínica. Em consequência disso, o ISMAI consolidou o seu estatuto de natureza universitária, concretizado no Decreto-Lei n.º 6/2014, de 14 de janeiro, que determinou o reconhecimento de interesse público do Instituto Superior da Maia, passando a ter a natureza de Instituto Universitário.
Em 2014, na sequência de alterações da legislação aplicável aos subsistemas universitários e politécnicos em Portugal, a Maiêutica vislumbrou estarem reunidas as condições ideais para a criação de um estabelecimento de ensino politécnico no seu campus académico. Em conformidade, aquela requereu, junto da tutela, a abertura do processo de reconhecimento de interesse público do Instituto Politécnico da Maia - IPMAIA a 17 de abril desse ano. O reconhecimento de interesse público do Instituto Politécnico da Maia - IPMAIA foi publicado em Diário da República no dia 22 de junho de 2015. Por decisão de 17 de julho de 2015 de Sua Excelência, o Senhor Secretário de Estado do Ensino Superior, no exercício de competência que lhe foi delegada, foram considerados conformes e registados os estatutos do Instituto Politécnico da Maia. A referida decisão e o texto dos estatutos foram publicados em Diário da República através da Portaria n.º 235/2015, de 7 de agosto.
A culminar este período favorável, em janeiro de 2015 teve início a construção do Edifício Desportivo, inserido num Complexo mais amplo que viria a concluir-se em finais de dezembro de 2016, inaugurado, em 19 de maio de 2017, com a presença do Senhor Primeiro Ministro, Dr. António Costa.
O Complexo Desportivo do Campus Académico da Maiêutica é a expressão material de um projeto universitário, designadamente nas ciências do desporto, marcado pela aposta na inovação, na ciência e na criação de conhecimento, enquanto alicerces fundamentais do projeto formativo e académico, iniciado há 35 anos.
O investimento, que o novo Complexo Desportivo corporizou, deu à missão institucional uma nova configuração para o futuro, firmada no reconhecimento e internacionalização da produção científica e numa formação académica de excelência.
O Complexo Desportivo, os seus espaços e equipamentos, foram criteriosamente projetados para a operacionalização de uma estratégia de desenvolvimento integrado do Departamento de Ciências da Educação Física e Desporto, do Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano (CIDESD), e do Centro de Otimização do Rendimento Desportivo e da Saúde (CORDS). Com esta visão pretendia-se a criação de ambientes de aprendizagem baseados na investigação científica e no desenvolvimento tecnológico, e com uma forte interação ao nível da intervenção e colaboração com a comunidade. Esta estratégia é evidente no desenvolvimento de projetos estruturantes nas áreas nucleares de intervenção – Exercício Físico e Saúde, Treino Desportivo e Ensino da Educação Física – que permitem harmonizar a integração da inovação científica na formação profissional de nível avançado, dos quais se destacam os projetos
Ex-Tra4Health e Diabetes em Movimento, claramente alinhados com domínios prioritários da estratégia regional de Especialização Inteligente – Norte 2020, e da Estratégia Nacional de Investigação e Inovação para uma Especialização Inteligente.
O investimento, superior a onze milhões de euros, no Complexo Desportivo constituiu, portanto, uma forte aposta institucional no reforço das condições de lecionação, investigação científica e prestação de serviços especializados, a par do potencial para proporcionar, de forma transversal, a possibilidade de manutenção de saúde, prática desportiva, lazer e recreio, na comunidade académica, traduzindo a realização de um inovador conceito de Ensino Superior.
Não menos expressiva e relevante, foi a trajetória da internacionalização e da terceira missão do ISMAI que designamos abreviadamente por cooperação com a sociedade, e que sintetizamos nesta 7ª fase, mais próxima da realidade presente e que traduz, também, a concretização da sua missão.
Consideramos que o permanente desenvolvimento da dimensão internacional de todas as atividades é vital num projeto educativo, científico e cultural que se deseja manter atualizado, participativo e competitivo, quer para fomentar a qualidade do ensino, da investigação, da transferência de conhecimento, da inovação, do empreendedorismo e a da preparação dos estudantes para o ingresso no mercado de trabalho internacional, pelo que se tem apostado, de forma permanente, na sua internacionalização. Nesse sentido, em 1997 foi criado o Gabinete de Relações Internacionais que assumiu, desde então, um papel fundamental na estratégia de desenvolvimento institucional.
Neste contexto, o programa Erasmus assumiu-se com destaque na promoção da mobilidade
incoming e
outgoing de estudantes, docentes e não docentes. Desde a adesão ao Programa, o ISMAI e o IPMAIA foram alargando a sua rede de parcerias, extravasando as fronteiras da Europa para outros continentes, dispondo atualmente de cerca de 150 protocolos celebrados com instituições de mais de 30 países. Os primeiros fluxos de mobilidade de estudantes do ISMAI ocorreram em 1999-2000 no quadro do Programa Erasmus, com apenas 2 estudantes em mobilidade
outgoing. No ano seguinte, foram acolhidos 6 em mobilidade
incoming. Desde então, foram realizados mais de 2.215 intercâmbios
(incoming e outgoing) para estudos e estágios internacionais quer no âmbito do programa europeu, quer ao abrigo de acordos celebrados com Instituições de Ensino Superior (IES), designadamente da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Ao longo dos anos, o ISMAI tornou-se uma instituição, cada vez mais, atrativa para estudantes europeus e internacionais para a obtenção de um diploma de ensino superior. Desde 2010-2011 até 2017-2018, ter-se-á ultrapassado, anualmente, mais de 100 estudantes em cada um dos sentidos
(incoming/outgoing), tendo sido o número de acolhimentos sempre superior ao número dos que se deslocam para o estrangeiro.
No apoio à mobilidade têm sido determinantes a subvenção Erasmus+ e o Programa de Bolsas Santander Luso-Brasileiras e, mais recentemente, o Programa de Bolsas Santander Ibero-Americanas.
Gradualmente, com mais intensidade nos últimos anos, fruto do seu crescimento, investiu-se no desenvolvimento de programas e projetos internacionais em cooperação com entidades do ensino superior e do setor empresarial, inclusivamente com a colaboração de estudantes dos vários ciclos de estudos. De entre os inúmeros projetos realizados, destacamos os seguintes:
ENTrepreneurship Enhancement and Reinforcement (ENTER);
PRomoção do Empreendedorismo e InOvação (PREMIO);
IMISTE – International Master in Sports Tourism Engineering;
EMIC - European Marketing and Innovation Centers; os programas intensivos
Summer Academy on Virtual Entrepreneurship e Intellectual Property Law in E-environment Industrial Property, Copyright and Related Rights;
Developing Skills for Future Jobs;
Antropologia Visual e Novos Media; e o
STOP Depression: Stepped care treatments and digital solutions for depression and suicide prevention in primary care. Nos dois últimos anos (2017-2018) foram, também, dinamizadas duas edições do curso de verão
“Summer Course in Gender Equality, Gender Violence and Social Diversity", em parceria com a Associação Plano i destinado a docentes e não docentes de IES estrangeiras parceiras do ISMAI, e elegível no âmbito do programa
Erasmus+ (Staff Mobility for Training).
Esta dinâmica de crescimento foi evidenciada pelo número e diversidade de projetos internacionais, atualmente em curso, merecendo destaque os seguintes:
ENgaged ReseArch coNnecting Community with higher Education (ENtRANCE);
Comparative Analyses of European Identities in Business and Every-Day Behaviour (EU-CAB);
Enhancing Mental Health, Counselling, and Wellbeing Support for University Students in Bhutan; e Lights, camera and Action Against Dating Violence (Lights4Violence).
A competência dos serviços da Maiêutica, na abordagem da internacionalização revelada nos últimos anos, tem sido reconhecida pela Comissão Europeia. Esta entidade galardoou o ISMAI com
“Diploma Supplement Label 2013-2016", pelas boas práticas relativas à implementação do Suplemento ao Diploma e, em 2016, manifestou o reconhecimento pelas boas práticas no âmbito do programa Erasmus+, em comunicação escrita dessa entidade, tendo convidado a Instituição a integrar a ferramenta
“ECHE: Make it Work for You", como
case-study. O ISMAI foi também reconhecido pelo Eurostat como
“Research Entity", tendo acesso à microdata.
No concernente à cooperação com a sociedade, a Maiêutica tem seguido uma política de realização regular de eventos culturais e científicos, nacionais e internacionais, no âmbito das diversas áreas científicas, e os seus docentes/investigadores participam frequentemente em atividades de lecionação, formação, investigação e transferência de conhecimento.
O Centro de Publicações, com produções científicas em parceria internacional, tem registado um crescimento assinalável, tendo também contribuído, para esse crescimento, a revista científica
“Pasos", coeditada pelo ISMAI/CEDTUR e a Universidade de La Laguna que consta na
Web of Science, da Thomson Reuters (sistema ISI).
A Maiêutica aderiu, também, de forma progressiva, a associações internacionais de relevo e pertinência para o desenvolvimento das suas atividades, distinguindo-se a Associação das Universidades de Língua Portuguesa, o Gabinete de Informação da Eurorregião Galicia – Norte de Portugal (GIE-GNP) e à Rede Universia. Participa também no ranking internacional de instituições de ensino superior U-Multirank e figurará em breve no ShangaiRanking.
Através dos diferentes cursos multicurriculares, do relacionamento interdepartamental, interinstitucional e internacional, proporcionado pela coexistência do ISMAI com o IPMAIA no Campus Académico da Maiêutica, houve permanente preocupação pelo cumprimento dos planos e programas curriculares que asseguram a formação nuclear dos diplomados, condição para atingirem melhor formação e o maior sucesso na sua inserção na vida ativa. É inquestionável que a cooperação internacional proporciona aos currículos uma dimensão cada vez mais enriquecedora e alargada aos seus estudantes, bem como uma formação multifacetada.
O compromisso, não é menor no apoio aos atos, eventos e iniciativas de natureza cultural e científico. Nesse sentido, são estimuladas e apoiadas as atividades das Tunas Académica e Feminina, grupos de teatro, exposições diversas, relacionadas com os problemas dos nossos dias, que tanto afetam as Sociedades de hoje.
Fomentam-se, também, iniciativas culturais, destinadas a promover a aproximação da Academia à Comunidade, entre as quais se destacam o
ISMAI Legends, Universidade Jovem, Feira das Profissões, exposições, natal solidário, além de tertúlias, festas, comemoração de efemérides, saraus de cursos, congressos e diversidade de eventos científicos, os quais não deixam de proporcionar e de incluir oportunidades de enriquecimento cultural com programas, integrando números e/ ou peças teatrais com valor que aprofundam e elevam a qualidade de vida, sendo também enriquecedora da condição humana. Os estudantes internacionais não só são motivados para participar nas referidas iniciativas, como são também organizadas atividades especificamente destinadas a promover a sua integração académica e social, nomeadamente nos domínios da língua e da cultura.
No início do ano letivo, nos últimos anos, tem sido organizado um inquérito no sentido de ser feito um levantamento do potencial cultural dos estudantes, principalmente dos inscritos pela primeira vez. Dessa iniciativa prática já resultou a descoberta de novos tunos, dançarinos e dançarinas, praticantes amadores de teatro, cançonetistas e especialistas na utilização de diversos instrumentos musicais.